ando desligada de mim, em uma espécie de abandono consciente.
Escrevi pouco no último mês. Refleti pouco no último mês. Esqueci de tudo aquilo que não se encaixou na rotina concreta. Discretamente, abandonei. Tudo. Todos. Abandonei a mim mesma. No limite, é dialética essa questão dos abandonos: o mundo veio me abandonando ou eu que fui abandonando o mundo. Ambos.
Fazia tempo que não acordava como hoje: sem conseguir ao menos levantar da cama. Havia esquecido o que era isso. Dificuldade infinita. Preciso levantar; ecoava em minha mente. Preciso levantar, escovar os dentes, tomar uma xícara de café. Por horas. Horas. Enfim levantei. A dor excruciante da alma então tomou as habilidades corporais. Paralisante. O corpo então pareceu entrar em slow motion.Os olhos não vislumbraram nada além. Apenas o choro de quem não aguenta mais existir.
Desconfortável dentro de mim mesma. Nessa montanha-russa incontrolável que me habita. Um dia por vez.
“Apenas o choro de quem não aguenta mais existi”
Triste saber que você se sente assim (supondo que não se trate de um texto de ficção).
Bom saber que não sou a única a me sentir assim…
Senti falta dos seus textos!
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Obrigada pela mensagem! Força para nós!
Prometo que não abandono mais esse meu confessionário 😉
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Ainda bem que levantou, e saiba que muitas vezes também assim me sinto e me vejo. Não diria ser normal, mas temos de brigar a cada instante.
Bom ver escrever de novo. 🙂
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Sim! Um dia por vez! 🙂
Obrigada pela mensagem! Vou tentar não ser sugada pela rotina e seguir escrevendo!
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