ligas metálicas

“Que pra mim o amor que apraz é uma louca paixão. Um amor só satisfaz além da razão” (Nana Caymmi)

Parece-me que é forte. Mas, cessa. Às vezes arde, mas dentro de mim resta-me desejo amante que da partida desembrulha uma agonia deslumbrante. Não é que rima? E assim vai, pois quando começa a rimar nada mais tira-me o ar.

Nada mais prima, nem orna com tanta maestria. Deveria ser lei universal a não desestabilização desse terno universo. Quando tudo oscila: cinza, verde, cinza, verde e cinzas. Pó hostil, que lentamente cai: que se conforma quando desforma… E o vento levou.

Então, cá estou: cantando nosso funeral da maneira mais natural, na melodia mais harmônica e unilateral, porém, cheio de paixão. Uma paixão e algum amor escondido. Mas será que é isso? Amor? Paixão?

Ao mesmo tempo que me invade brutalmente e deixa o clima úmido me cobrir, faz magia que aquece. Faz da minha mão, a sua. Faz do seu gesto, o meu. E de todo o meu amor, seu.

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